quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Rádio interativa começa a funcionar com transmissão na web e em FM

Do IDG Now

A emissora Jelli.net permite ao público controlar que músicas são veiculadas por meio de um sistema de votações ao vivo no site.

A rádio online interativa Jelli entrou em sua versão beta na segunda-feira (19/10), após cerca de sete meses em fase de testes internos. O sistema da página permite ao ouvinte ter total controle ao vivo sobre a programação e as músicas que tocam na rádio.

O programa é transmitido ao vivo enquanto os internautas podem votar no que gostam ou não. Se uma música recebe muitas votações negativas, ela é tirada do ar imediatamente e a lista segue. É possível também votar nas próximas músicas, além de interagir com os outros usuários.

O serviço surgiu em março, com transmissões feitas unicamente pela internet, 24 horas por dia. A partir de junho, a Jelli passou a transmitir um programa semanal de duas horas na rádio Live 105 KITS, de São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos.

No caso da transmissão do programa na rádio FM, a lista de músicas é trocada dez minutos antes de entrar no ar, para uma mais comum ao formato com versões editadas ou censuradas.

O destaque da novidade são os recursos de interação social. "O aspecto social da rádio é tão importante quanto as músicas que tocam nela", afirmou um usuário do serviço, conhecido pelo apelido HanSolo. No site, é possível conversar com os outros visitantes, procurar por usuários, enviar mensagens particulares, entre outros.

A Jelli está negociando com empresas de mídia para ampliar o serviço ao território nacional e internacional. Um negócio já foi fechado com a empresa de transmissões Austereo para que o programa vá ao ar na Austrália. Em todos os casos, o controle da programação ainda fica a critério dos internautas do mundo inteiro que acessam o site.
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Bela iniciativa da Jelli. Mas aqui no Brasil isso não é novidade, certo? Apesar de não termos ainda uma rádio 24h com tamanha interatividade, já (ou)vimos diversas experiências que chegaram perto. Algumas estão no ar até hoje:

- Em 2007, a 89 FM de São Paulo lançou o iPlay, faixa de horário em que o ouvinte/internauta podia escolher desde as músicas até as vinhetas executadas.
- Antes disso, em 2006, a Ipanema FM deixou a madrugada inteira aos cuidados do ouvinte, no programa chamado My Player.
- No dia 17 de dezembro de 2007, o Rádio Base esteve no lançamento do Radar Cultura, projeto da Rádio e TV Cultura de São Paulo. O Radar acabou não alcançando o público da maneira desejada e, depois da fase inicial, deu uma murchada. Mas continua.

Enfim, só alguns exemplos de que nem só lá fora os profissionais de comunicação colocam a cabeça para funcionar. Aqui no Brasil, ô ô, também se faz crossmedia. E dos bons.

Agência Aids e rádio comunitária de Heliopólis firmam parceria

Membros da redação da Agência Aids visitaram nesta quinta-feira, 22, as instalações da Rádio Comunitária Heliopólis, na comunidade homônima em São Paulo, para estabelecer parcerias entre os dois veículos de comunicação em reportagens de saúde e HIV/aids.

O objetivo é fazer trabalhos de prevenção e aconselhamento, além de disseminar informações sobre DST/aids para os cerca de 125 mil habitantes da comunidade de Heliopólis, onde 80% são nordestinos. As parcerias entre os veículos de comunicação consistem no fornecimento de notas e boletins semanais da Agência para a emissora.

A Coordenadora da Rádio Heliopólis, Claudia Neves considera importante o intercâmbio entre ambos os veículos, na medida em que a comunidade vem registrando um crescimento de casos de infecção pelo HIV, principalmente entre os jovens, devido à falta de informação sobre a doença.

Já a diretora executiva da Agência Aids, Roseli Tardelli, elogiou o trabalho que vem sendo feito pela rádio na comunidade, mesmo com poucos recursos financeiros que a rádio dispõe para executar suas tarefas.

Além de difundir informações sobre cultura, educação, lazer, habitação, a rádio tem um programa de 30 minutos que aborda, semanalmente, temáticas acerca de saúde e HIV denominado ‘DST/Aids na Onda da Rádio’.

Claudia conta que às vezes fazem testagem de HIV e de sífilis na sede rádio, além de outros trabalhos de prevenção. Há 12 anos distribuem camisinhas pela favela, mas lamenta que as vezes as pessoas não aparecem para pegar o resultado do teste por temerem ser positivas.

O momento serviu para ouvir alguns programas radiofônicos de programas sobre aids e para o jornalista moçambicano, Fernando Fidélis, da Agência de Notícias de Resposta ao Sida, que está fazendo um estágio no Brasil por um período de dois meses, conhecer as atividades desenvolvidas pela emissora em Heliopólis.

Fernando Fidélis

Dica de entrevista
www.radioheliopolis.xpg.com.br

Abert esclarece posição sobre padrões de digitalização do rádio

A Abert encaminhou nota a este noticiário para esclarecer as posições da entidade sobre a digitalização do rádio no Brasil e declarar que não faz "qualquer apologia a sistema ou padrão". O esclarecimento faz referência a declarações feitas pelo conselheiro da entidade Evandro Guimarães em audiência pública na Câmara dos Deputados na última terça-feira, 20, divulgadas no mesmo dia por este noticiário. Segue abaixo a íntegra da nota:

"Na referida audiência, a Abert, representada pelo seu conselheiro Evandro Guimarães, em momento algum fez qualquer apologia a sistema ou padrão para transmissão digital de rádio no Brasil. O conselheiro lembrou apenas que, de todos os meios de comunicação, apenas o rádio ainda não conta com definição de padrão que possibilite a migração digital e que isso gera uma natural ansiedade nos prestadores do serviço de radiodifusão sonora, em virtude do cenário altamente competitivo que se impõe com o advento das novas tecnologias e plataformas de distribuição de conteúdo.

Na verdade, foi o superintendente da Anatel, Ara Minassian, e não Evandro Guimarães, quem lembrou que algumas emissoras, devidamente autorizadas pelo Ministério das Comunicações, realizaram testes com o padrão norte-americano, único que até o momento possibilitou transmissões digitais concomitantes e no mesmo canal em que se realizam as transmissões analógicas, em OM e FM. Esse fato é, aliás, de fundamental importância, visto que parece não haver faixa de radiofrequência disponível para que as rádios, num futuro processo de transição tecnológica, operem analógica e digitalmente em canais distintos." Da Redação